sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sentir-se amado

Vem aí mais um dia dos namorados e postei esse texto de Martha Medeiros para reflexão sobre o amar.
Espero que aproveitem!

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.


Martha Medeiros

terça-feira, 7 de junho de 2011

Diagnóstico de TDAH e mundo moderno

Recentemente, fui a um Congresso de Educação aqui em BH e fiquei muito feliz ao ouvir um neuropediatra afirmando que é um médico que medica pouco e que se preocupa muito com o estado emocional da criança e sua socialização. Confesso que fiquei realmente feliz afinal, vivemos um tempo em que se a criança apresenta-se agitada as pessoas começam a fazer seus diagnósticos dizendo : Essa criança é hiperativa! Já tem até brincadeiras do tipo : vai ter que tomar a Rita (  ritalina - nome de uma medicação prescrita para esses casos).
Vi este texto e resolvi compartilhar com vocês e achei bastante interessante uma vez que hoje não se tem tolerância para nada em nossa cultura, aquilo que incomoda precisa sair de cena, acaba sendo excluído. Lembrando um pouco a sistêmica, vou utilizar uma frase da minha querida professora Jaqueline Cássia: "tudo que fica excluído vira fantasma". Será que não está na hora de começarmos a tratar as coisas dentro das reais possibilidades, saindo um pouco da perfeição exarcerbada que nos é imposta a todo tempo? Precisamos incluir as dificuldades para a busca de soluções mais adequadas e humanas. Em se tratando de filhos, deixo uma sugestão  : vamos investir emocionalmente na vida de nossos filhos para ajudá-los a superarem suas dificuldades. Lembre-se,não existe nada perfeito, muito menos filhos perfeitos e pais perfeitos. Todo processo de mudança exige paciência e preseverança e educar envolve os dois.


Tempo pode “curar” déficit de atenção e hiperatividade


Pesquisadores americanos sugerem que os sintomas do transtorno melhoram com o passar dos anos
Há 50 anos, acreditava-se que o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) existia apenas na infância. Já entre 1970 e 1980 especialistas passaram a considerar que o distúrbio persiste a vida toda. Agora pesquisadores defendem a existência de um ponto intermediário. Para chegar a essa hipótese, um grupo coordenado pelas psicólogas Prudence Fisher, da Universidade Columbia, e J. Blake Turner, do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York, revisou os registros de aproximadamente 1.500 crianças que haviam sido diagnosticadas com TDAH dois anos antes. Em seguida, comparou os dados com diagnósticos mais recentes e descobriu que mais de 50% das crianças obtiveram melhora nos casos isolados de hiperatividade ou falta de atenção. Já nas que apresentavam os dois sintomas simultaneamente, a melhora foi de 18% a 35%. Não foram observadas diferenças entre casos extremos e leves. Para as pesquisadoras, as descobertas sugerem que a atual definição do TDAH deveria ser mais específica: “Se a duração do transtorno não for considerada, podemos estar diagnosticando além do necessário”. Isso pode fazer com que crianças cujo comportamento irritante para muitos adultos – que provavelmente passará com o tempo – sejam rotuladas e medicadas desnecessariamente.


Fonte: Revista Mente e Cérebro

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Curso de Orientação para Pais

 
Passa a gestação, o nascimento do bebê, somam-se as transformações que com ele chegam ... e aí começa o grande desafio de educar!
Apesar da vasta bibliografia dedicada ao assunto, descobrimos na prática que não existe o jeito certo, um manual a ser seguido. Pensando nas dificuldades deste processo, criei o "Grupo de Orientação para Pais" com o objetivo de propiciar uma discussão e reflexão sobre a "arte" de educar, além de trocar experiências para um crescimento em conjunto.

Programa:
  • Ciclos de vida
  • Relação de casal
  • A chegada de um terceiro na relação
  • Espaço familiar e família de origem
  • Hierarquia familiar
  • Filho ideal x filho real
  • Estabelecendo regras
  • Disciplina é possível? Como?
  • Posicionamento dos pais de acordo com a idade do filho
  • Meios de comunicação (infância roubada) x criatividade
  • Uso e abuso de drogas - caminhos para prevenção
  • Rodas de conversa
Público: pais de crianças com até 7 anos. Cada matrícula dá o direito de levar um acompanhante que conviva com a criança, de preferência o genitor.
Duração: 5 encontros  semanais com 2h de duração cada encontro.
Investimento:  3 parcelas de R$ 160,00.
Início/Datas:  21 de junho
Horário: 19:00 ás 21:00
Informações: (31) 2516-1648 / 8868-9455

Turmas reduzidas. Garanta sua vaga!!!