terça-feira, 7 de junho de 2011

Diagnóstico de TDAH e mundo moderno

Recentemente, fui a um Congresso de Educação aqui em BH e fiquei muito feliz ao ouvir um neuropediatra afirmando que é um médico que medica pouco e que se preocupa muito com o estado emocional da criança e sua socialização. Confesso que fiquei realmente feliz afinal, vivemos um tempo em que se a criança apresenta-se agitada as pessoas começam a fazer seus diagnósticos dizendo : Essa criança é hiperativa! Já tem até brincadeiras do tipo : vai ter que tomar a Rita (  ritalina - nome de uma medicação prescrita para esses casos).
Vi este texto e resolvi compartilhar com vocês e achei bastante interessante uma vez que hoje não se tem tolerância para nada em nossa cultura, aquilo que incomoda precisa sair de cena, acaba sendo excluído. Lembrando um pouco a sistêmica, vou utilizar uma frase da minha querida professora Jaqueline Cássia: "tudo que fica excluído vira fantasma". Será que não está na hora de começarmos a tratar as coisas dentro das reais possibilidades, saindo um pouco da perfeição exarcerbada que nos é imposta a todo tempo? Precisamos incluir as dificuldades para a busca de soluções mais adequadas e humanas. Em se tratando de filhos, deixo uma sugestão  : vamos investir emocionalmente na vida de nossos filhos para ajudá-los a superarem suas dificuldades. Lembre-se,não existe nada perfeito, muito menos filhos perfeitos e pais perfeitos. Todo processo de mudança exige paciência e preseverança e educar envolve os dois.


Tempo pode “curar” déficit de atenção e hiperatividade


Pesquisadores americanos sugerem que os sintomas do transtorno melhoram com o passar dos anos
Há 50 anos, acreditava-se que o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) existia apenas na infância. Já entre 1970 e 1980 especialistas passaram a considerar que o distúrbio persiste a vida toda. Agora pesquisadores defendem a existência de um ponto intermediário. Para chegar a essa hipótese, um grupo coordenado pelas psicólogas Prudence Fisher, da Universidade Columbia, e J. Blake Turner, do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York, revisou os registros de aproximadamente 1.500 crianças que haviam sido diagnosticadas com TDAH dois anos antes. Em seguida, comparou os dados com diagnósticos mais recentes e descobriu que mais de 50% das crianças obtiveram melhora nos casos isolados de hiperatividade ou falta de atenção. Já nas que apresentavam os dois sintomas simultaneamente, a melhora foi de 18% a 35%. Não foram observadas diferenças entre casos extremos e leves. Para as pesquisadoras, as descobertas sugerem que a atual definição do TDAH deveria ser mais específica: “Se a duração do transtorno não for considerada, podemos estar diagnosticando além do necessário”. Isso pode fazer com que crianças cujo comportamento irritante para muitos adultos – que provavelmente passará com o tempo – sejam rotuladas e medicadas desnecessariamente.


Fonte: Revista Mente e Cérebro

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