A nossa vida é governada pelo tempo. Vivemos nele e em função dele. Além disso, morremos nele.
O tempo é uma medida útil, mas somos nós que atribuímos a ele o seu valor.
Albert Einstein salientou que o tempo não é constante, que ele tem relação com o observador.
O tempo também depende da percepção. De uma maneira tangível, o tempo das pessoas não é igual.
Com o tempo, tudo muda. Mudamos por dentro, mudamos por fora, a nossa aparência e o nosso eu interior se modificam. Apesar de a mudança ser nossa constante companheira, em geral não a consideramos nossa amiga. A mudança nos assusta porque nos sentimos incapazes de controlá-la. Preferimos as mudanças que decidimos fazer, porque fomos nós que a escolhemos.
Passar por uma mudança é dizer adeus a uma situação antiga e familiar e enfrentar uma situação nova e desconhecida. Se lutarmos contra a mudança, lutaremos a vida inteira.
Envelhecer harmoniosamente é experimentar plenamente cada dia e cada momento. Quando vivemos plenamente a nossa vida, não temos vontade de voltar atrás. Só lamentamos a vida vivida pela metade. E viver plenamente não é realizar grandes feitos, mas ser capaz de usufruir o mais possível a cada experiência que nos é oferecida.
A realidade do tempo é que não podemos ter qualquer certeza do passado. Não sabemos se ele realmente aconteceu do jeito que lembramos. E, certamente, não conhecemos o futuro. Na verdade, nem mesmo sabemos se o tempo é linear.
Será que isto tem importância?
Nunca é demais repetir: o nosso grande e difícil desafio é viver plenamente o momento presente. Saber que este exato instante contém todas as possibilidades de felicidade e amor, e não perdê-lo por estarmos presos ao passado ou antevendo o que o futuro nos reserva. Ao colocar de lado o sentimento de expectativa, podemos viver no espaço sagrado do que está acontecendo agora.
Elisabeth Kübler-Ross - Os segredos da vida
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