quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Crescendo em conjunto e indo além!


Programa do Curso de Formação em Sistêmica


Pensamento sistêmico

  • · Real x Ilusão
  • · Polarização e despolarização
  •   HCE x HCD –  a comunicação de dois cérebros no trabalho clínico
  • ·  Processo de humanização
  • ·  Inconsciente – princípios da hipnoterapia Ericksoniana


Casais
  • · Tipos de casais
  • · Contratos, pactos e colusões na relação do casal
  • · Sexualidade - desenvolvimento psico sexual, disfunção sexual, desvios sexuais, homossexualismo, transtorno de gênero.

Famílias

  • ·         Hierarquia familiar                              
  • ·         Padrão de funcionamento                   
  • ·         Família funcional e disfuncional   
  • ·         A fabricação do membro sintomático                    
  • ·         Teoria da comunicação                                                              
  • ·         Mitos – herança transgeracional         
  • ·         Segredo familiar                                
  • ·         Ciclos vitais                                       
  • ·         Identidade de adulto
  • ·         FOT – família de origem do terapeuta
  • ·          Sobre atendimento de família e casais



Terapia Familiar Sistêmica 
  • ·        A história da Terapia Sistêmica
  • ·         Principais escolas
  • ·         Entrevista
  • ·         Ficha clínica
  • ·         Planificação de atendimento
  • ·         Hipóteses
  • ·         Foco sistêmico
  • ·         Contrato de terapia/vinculação
  • ·         Pertinência
  • ·         Tipos de intervenção
  • ·         Resistência
  • ·         Redefinição
  • ·         Reformulação
  • ·         O Terapeuta sistêmico
  • ·         Recursos sistêmicos para atendimento de famílias



Formação em Terapia Familiar Sistêmica - 2014


Coordenação: Fernanda Seabra – CRP 04/18317
·         Psicóloga com formação em Terapia Familiar Sistêmica
·         Coordenadora do NASS- Núcleo de atendimento social sistêmico
·         Coordenadora de grupos de supervisão em terapia sistêmica
·         Coordenadora de cursos na área de educação

Proposta do Curso:
·         Preparar profissionais para atuarem em Terapia Sistêmica;
·         Promover o desenvolvimento do pensamento sistêmico;
·         Possibilitar a compreensão do padrão de funcionamento e história familiar tanto do terapeuta quanto do seu cliente;
·         Refletir sobre o trabalho / papel do terapeuta sistêmico;
·         Detectar disfunções familiares e criar recursos para a solução de problemas.

Público Alvo: psicólogos, assistentes sociais, psicopedagogos, médicos, enfermeiros e profissionais da área de saúde. Poderão realizar o curso, profissionais que trabalham com famílias, estudantes das áreas citadas e pessoas interessadas pelo pensamento sistêmico.

Duração: 
·         O curso é ministrado quinzenalmente com duração de 90 minutos cada aula.
·         Duração de dois anos.
·         O programa é flexível, podendo adiantar temas, fazer trocas, sempre de acordo com o andamento da turma.
·         Ao final do curso será oferecido o certificado para o aluno que tiver no mínimo 80% de frequência e aproveitamento das atividades propostas (resenhas de livros, filmes e tarefas).
·         As aulas que os alunos não puderem comparecer serão cobradas normalmente (são aulas dadas).
·         Se o aluno desistir do curso em algum momento, deverá comunicar imediatamente à coordenadora, para que não haja débitos indevidos.

Investimento: taxa de matrícula – R$ 80,00  e mensalidades  no valor de R$200,00.



Início: 04/02/2014 às 19:00h

                
Informações:       Tel.: 8868-9455/ 2516-1648
                                 Rua: Ceará 195/302 Santa Efigênia
                                 e-mail: espacofamiliaehumanizacao@gmail.com
                               



   

Formação em Terapia Familiar Sistêmica 2014


Desafios para famílias com filhos adolescentes

Muito se tem discutido sobre os temas: educação de filhos, relações familiares, entrada de filhos na adolescência, limites etc. Vemos uma grande quantidade de pais inseguros e perdidos quanto à sua função de educadores, não sabendo o que é adequado ou não na educação de seus filhos.  O conceito de família vem se modificando ao longo dos anos e podemos encontrar famílias com estruturas diversificadas. Mesmo com essa modificação , algo se manteve, é na família que aprendemos e recebemos o nosso mapa para trilhar no mundo.

De acordo com Teoria Sistêmica, a família é vista como um sistema dinâmico, vivo e que se modifica de acordo com o tempo, com trocas internas (entre os membros que a compõem) e externas (na relação com o mundo). Passa por ciclos que são considerados vitais e que trazem aprendizados e novas possibilidades de irem além  em  seu processo evolutivo.

Vou ater-me ao ciclo de vida de pais com filhos adolescentes e não tenho pretensão de criar bula ou manual para pais e sim o desejo de contribuir para um pensamento reflexivo.
O período da adolescência traz consigo mudanças físicas, emocionais e sociais, e  para a família grande vulnerabilidade.  O adolescente nesta etapa da vida questiona e contesta as regras, as normas, as crenças e todo o funcionamento familiar como tentativa de criar uma nova forma de ser, uma identidade baseada em sua nova visão de mundo. Se na infância a criança acreditava em tudo que lhe era transmitido, na adolescência acontece o oposto disso, torna-se descrente, tenta desconstruir grande parte do que lhe foi ensinado, vive suas questões intensamente e com pouca noção de realidade.

 De acordo com Rosset, 2003... “é na família que experimentamos tanto o pertencimento quanto a diferenciação. Pertencer significa participar, saber-se membro desta família, partilhar as suas crenças, valores, regras, mitos e segredos. Diferenciar refere-se à afirmação de sua singularidade, à sua individuação e ao seu direito de pensar e expressar-se independentemente dos valores defendidos por sua família”.
 Sendo assim, é na adolescência que temos a oportunidade de fazer a nossa primeira tentativa de constituir um EU, de buscar uma identidade própria, de tentarmos fazer as coisas à nossa maneira. Como não sabemos fazer isso no primeiro momento, buscamos em nosso meio os grupos para nos identificarmos, para reforçar nossa autoestima e começarmos a treinar o papel de adulto.

 É fundamental que os pais trabalhem o conceito de flexibilidade e autoridade nesse processo, permitindo ao adolescente explorar algumas nuances de sua autonomia, mas ao mesmo tempo dando lhe responsabilidades.  Sem organização e disciplina não é possível preparar os filhos para a vida fora de casa.

  Toda relação familiar para funcionar de forma adequada precisa de hierarquia para que os papeis e funções fiquem bem definidos. Adolescente pede limite, lei e organização e a família é peça chave para esse processo. Caso um dos pais tenha tido dificuldades em seu processo de diferenciação, de busca pela sua identidade, terá dificuldades em ajudar o filho nesse processo. Tem pais que nem saíram da adolescência e que quando veem seu filho navegar por esses mares, sentem-se como seus colegas ou muitas vezes não conseguem dar passagem para esse filho caminhar e crescer. Outras vezes podem ter sido tão oprimidos que acabam por repetir isso com o filho gerando conflitos na hora de estabelecer as regras ou simplesmente não conseguindo se posicionar com autoridade na relação.

Acredito que para que esse ciclo aconteça de forma saudável faz-se necessário um exercício de compaixão, compreensão, e acolhimento das dificuldades e angústias provenientes deste processo. É um momento turbulento para toda família, mas que possibilita a evolução e o crescimento de todos  e que irá prepará-los para adaptações em seus ciclos posteriores.

 Fernanda Seabra CRP 04/18317- Psicóloga clínica e educacional,  com formação em Psicoterapia familiar Sistêmica.

Referência bibliográfica: ROSSET, Solange. Pais e filhos – Uma relação delicada. ed. Sol 2003.

Texto publicado na revista Escola de Pais do Brasil - outubro de 2013.

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